Finalmente, depois de pouco mais de dois anos andando em meio ao deserto, Israel estava no limiar de por os pés na tão sonhada terra prometida. O sonho se realizava. Apenas um monte os separava da terra.
Deus ordena a Moisés que envie espias para observarem a terra. Doze homens que formavam a elite de Israel. Eram destacados
príncipes e maiorais do povo. Chefes das tribos, com grande poder e influência entre eles. Foram designados para entrarem em Canaã e secretamente espiarem a terra e trazerem a Moisés, um detalhado relatório de tudo: “E vede que terra é, e o povo que nela habita, se é forte ou fraco, se pouco ou muito...” (Num.13:18).
príncipes e maiorais do povo. Chefes das tribos, com grande poder e influência entre eles. Foram designados para entrarem em Canaã e secretamente espiarem a terra e trazerem a Moisés, um detalhado relatório de tudo: “E vede que terra é, e o povo que nela habita, se é forte ou fraco, se pouco ou muito...” (Num.13:18).
Em um espaço de quarenta dias, eles ficaram espreitando a terra, desde o deserto de Zim até Reobe, e calhou que era exatamente os dias das primícias da uva. Colheram um cacho da fruta que dois homens tiveram que levar.
Foi só isso? Não. Para a infelicidade, viram ali algo que jamais deveriam ter visto. Três homens aparentemente altos que habitavam na montanha de Hebrom: Aimã, Sesai e Talmai, filhos de Anaque, que compunham um povo chamado Anaquins.
Voltaram trazendo as frutas, e inauguraram até um local: Um produtivo e maravilhoso vale, a quem deram o nome de Vale de Escol, que significa Belos Cachos de Uvas.
Até ai, a confiança da conquista era total, pois até nome deram ao local. Só se dá nome a algo, como por exemplo um filho que nasce ou mesmo um animal de estimação, quando temos certeza que é nosso.
O problema começou na chegada deles ao arraial. No momento da entrega do relatório, haviam dois relatos. Um, feito por Josué e Calebe, que mostrava toda a pompa e beleza do local, e que serviu para aguçar o desejo de conquista do povo, e outro, produzido pelos dez espias restantes, que também inumerava as belezas do local, mas terminava de forma funesta: “O povo porém que habita nessa terra é poderoso, e as cidades fortes e mui grandes, e também ali vimos os filhos de Anaque (Num.13:28).
Josué e Calebe ainda tentaram argumentar, mostrando que nada estava perdido, pelo contrário, a confiança e fé no Deus vivo, lhes levaria a vitória: “...Subamos animosamente e possuamo-la em herança, por que certamente prevaleceremos contra ela” (Num.13:30). Mas não haviam argumentos capazes de os convencer. A maledicência foi o fator determinante para abala-los.
Imagine, a um passo da terra sonhada e almejada, a apenas poucos metros da vitória prometida a mais de quatrocentos anos, eles fracassam e voltam a estaca zero. Tudo por causa de uma visão errada e falsa daqueles espias.
VISÃO FALSA ATRAPALHA A VITÓRIA
Aqueles dez espias fracassaram num momento crucial da história. Tiveram visões erradas e falsas da terra. Eles mentiram ao povo ao dizer que a terra era infestada de gigantes: “...a terra pelo meio da qual passamos a espiar, é terra que consome seus moradores, e todo povo que vimos no meio delas são homens de grande estatura” (Num.13:32)
Isso era um terrível engano, pois se lermos o versículo 22 veremos apenas três homens mais altos um pouco: Aimã, Sesai e Talmai, os filhos de Anaque. Os demais, eram pessoas aparentemente comuns, iguais as demais, mas a visão estava tão desfocada da vitória que “pintaram o diabo mais feio do que ele é”.
Aqueles dez espias, simbolizam hoje os cristãos que tem a visão deturpada acerca da vida espiritual. O raio de alcance de nosso visão, é o fator maior que determina nossa fé e desejo de conquistarmos algo para glória de Deus. Infelizmente, o desânimo e a visão equivocada, tem poderes muito maiores de convencimento, do que uma visão real e equilibrada da situação e circunstâncias.
Uma visão errada, nos faz exagerar o foco de nosso alvo. Eles conseguem enxergar gigantes onde não existiam gigantes. Apenas três homens um pouco maiores, faz eles verem um exército de gigantes.
Se observarmos atentamente, nem aqueles três: Aimã, Sesai e Talmai, eram gigantes reais. O termo Anaque vem de Anaquins, que significa homens de pescoço comprido. Eles na verdade eram é “gargantas”. Só tinham papo. E uma pessoa do pescoço comprido, sempre nos dá a impressão de serem altas. Na verdade, é só papo, é só conversa. O medo é exagerado.
Querido amigo, veja se você não está fugindo de um adversário irreal. Apenas mostra grandeza sem ter. É só ilusão de ótica. O inimigo tenta vencer no grito. Mas não tem a força que propaga ter. Apenas mostra algo que não é, se aproveitando do pescoço comprido. Se você está enfrentando um inimigo assim, Isaias o profeta tem uma mensagem para ti: “Toda ferramenta preparada para ti, não prosperará, e toda língua que se levantar em juízo, tu a condenarás...” (Is.54:17).
É bom que se diga, que por mais alto que o inimigo tente falar para nos amedrontar, ele usa meios rudimentares, até medievais. Diz o texto ora citado, que ele usa ferramentas, enquanto nós usamos armas (Ef. 6:11). Nossos meios são mais eficientes.
Além de ter o pescoço comprido, que nos causa a impressão de uma altura que não existe, os três anaquins habitavam nas montanhas de Hebrom. Imagine, alguém pescoçudo, morando num alto monte... A ilusão de ótica era completa mesmo. Pareciam gigantes, mas não eram...
Mas o pior vem agora. Enxergar gigantes onde não existem gigantes é algo complexo, mas olhar para você, e contempla-lo como um minúsculo gafanhoto, ai é demais: “Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes dos gigantes, e éramos aos nossos olhos, como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos” (Num.13:33).
Complexo de inferioridade puro. Quando se comparavam a eles, os israelitas se viam como gafanhotos. Se diminuíram ao extremo, a ponto de se verem como pequenos insetos. E o pior é que eles se olhavam assim, além de acharem que os anaquins também os viam assim.
Isto custou muito caro ao povo de Israel. Deus sentenciou que nenhuma daquelas pessoas entrariam na terra. Apenas Josué e Calebe entrariam, como forma de recompensa de não se intimidarem e crerem fielmente nas promessas de Deus. Os demais, ficariam peregrinando no deserto, até que seus cadáveres caíssem mortos por lá. Não entrariam na terra sob nenhuma hipótese.
Penso eu cá com meus botões, que Calebe foi quem mais sofreu com isso tudo. Tinha ele quarenta anos, o auge da plenitude humana. Estava bem preparado para vencer a guerra, e os pseudos-gigantes, mas teve seu sonho abortado pela incredulidade dos demais. Isso doeu na pele.
Os anos se passaram, e Moisés, usado por Deus, prometeu a Calebe que ele, diretamente iria herdar aquele pedaço onde estavam Aimã, Sesai e Talmai, no alto do monte Hebrom: “Porém meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espirito e perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua semente a possuirá em herança” (Num.14:24).
Acredito que Calebe sonhou o resto de seus dias com essa promessa. Afinal, ele esteve na terra, viu como a terra era maravilhosa, e viu como seria simples vencer aqueles homens “papudos”, pescoçudos, que metiam tanto medo no povo. Ele acalentou esse sonho por muitos anos.
Talvez assim esteja acontecendo com você meu amado amigo. Seus sonhos foram embotados por pessoas que duvidaram das promessas divinas sobre sua vida, e você perdeu a noção de conquista, e hoje amarga tristezas, rumina o fim de seus ideais. Não deixe o sonho morrer. Prepare-se, Deus fará cumprir na sua vida o que ele prometeu. Nem a idade, nem circustâncias, nem seus fracassos, nem suas fraquezas, fará Deus desistir de você. Ele te conservará com vida e graça, para a conquista da terra sonhada.
Termino agora com Calebe no limiar do cumprimento do sonho: ¨E ainda hoje estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força então, tal é agora a minha força, tanto para a guerra como para sair e entrar. E ainda hoje estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força então, tal é agora a minha força, tanto para a guerra como para sair e entrar.
Nada, mas nada mesmo era capaz de alterar o sonho de Calebe, nem a idade avançada. Aos oitenta e cinco anos, subiu a montanha e venceu os atribulados ¨gigantes¨. Ele tinha gana, raça, coragem e venceu: ¨Mas a Calebe, filho de Jefoné, deu uma parte no meio dos filhos de Judá, conforme a ordem do SENHOR a Josué; a saber, a cidade de Arba, que é Hebrom; este Arba era pai de Anaque. E Calebe expulsou dali os três filhos de Anaque; Sesai, e Aimã, e Talmai, gerados de Anaque¨ (Jos.15:13e14)
Que Deus te abençoe querido leitor!
Autoria de Josias G. Almeida
gloria a DEUS ESSA PALAVRA ME REVIVEU HJ.ABRIGADO
ResponderExcluirRomildo silva. Glória seja dada ao Deus vivo sempre e eternamente. Muito me regozijo, pois sei que Deus é fiel.
ResponderExcluire usa seus nobres ministros para aclarar a visão de seu povo.
Pois precisamos muito que seja trabalhada a nossa visão. querido amigo servo do Altíssimo. continue em sua jornada e propage o conhecimento de Deus,pois o seu trabalho terá grande recompensa da parte de Deus.